É o Tejo que reflete o sol e dá a Lisboa a sua luminosidade, e que faz da capital portuguesa a única na Europa com uma área protegida com uma enorme riqueza natural. No estuário do Tejo concentram-se mais de 100 mil aves, muitas das quais se podem observar junto à Ponte Vasco da Gama. E a frente ribeirinha atrai cada vez mais gente, com cerca de 20km de passeios pedonais, espaços ajardinados, ciclovias e esplanadas. Aqui apresentamos os dez melhores espaços junto ao rio:
Parque do Tejo
Parque das Nações
Este parque junto à Ponte Vasco da Gama é muito procurado para recreio e lazer, especialmente aos fins de semana. Praticamente desconhecido dos guias turísticos, tem um passadiço de madeira sobre a água, atravessado por muitos lisboetas a fazerem jogging ou de bicicleta, enquanto outros ficam a admirar a paisagem e a tirar fotografias da ponte e da Torre Vasco da Gama.
É também onde muitos observam aves, pois aqui encontram-se várias espécies aquáticas. Durante a maré baixa até se avistam flamingos, que se alimentam nas zonas emersas.
Entre a torre e a ponte Vasco da Gama encontra-se uma estátua com dez metros, de Catarina de Bragança, em bronze, da autoria da artista americana Audrey Flack. Trata-se de uma réplica do que seria uma gigantesca estátua da princesa portuguesa, rainha de Inglaterra, colocada junto ao rio Hudson em Nova Iorque. Isto porque o bairro de Queens foi assim batizado em sua homenagem, mas o plano nunca se concretizou, pois a comunidade afro-americana de Nova Iorque lembrou que a família da princesa beneficiou do comércio de escravos e achou que não faria sentido fazer-lhe tal homenagem.
Hoje esta réplica faz companhia aos que passeiam no Parque do Tejo.
Passeio das Tágides
Parque das Nações
Aqui caminha-se literalmente sobre o Tejo. É um passeio que começa junto ao Oceanário e termina já próximo da Torre Vasco da Gama, e é de onde se tiram as melhores fotografias do Parque das Nações. O teleférico passa por cima, enquanto residentes e turistas passam a correr ou de bicicleta.
Marina Parque das Nações
Parque das Nações
Esta marina foi construída para a Expo 98, mas esteve esquecida durante vários anos. Ultimamente tem vindo a ganhar vida, com a ajuda da ciclovia, mas a maioria chega aqui a pé, num passeio em família. São quase todos residentes do Parque das Nações, e ficam nas esplanadas enquanto as crianças brincam ou andam de bicicleta. É interessante observar a influência marítima na arquitetura.
Cais das Colunas
Baixa
Os degraus de mármore do Cais das Colunas foram a entrada nobre de Lisboa. Hoje são usados para descanso e como um miradouro do Tejo. É para onde se abre a Praça do Comércio, e é um espaço emblemático da cidade. Enquanto muitos ficam ao sol nas esplanadas, outros não resistem e fazem deste espaço a sua praia.
Ribeira das Naus
Cais do Sodré
Este passeio ribeirinho liga a Praça do Comércio ao Cais do Sodré, e foi requalificado em 2013. É um espaço ajardinado que é transformado em “praia” nos dias mais quentes, na escadaria que desce até ao Tejo, e no jardim em frente aos edifícios da Marinha Portuguesa. É especialmente convidativo ao final da tarde, durante o pôr do sol.
Cais do Gás
Cais do Sodré
No lado nascente da estação fluvial do Cais do Sodré encontra-se o Jardim Roque Gameiro e vários armazéns antigos, alguns deles recuperados como espaços de restauração. Os bancos reclinados junto ao rio são usados para se ficar a refrescar com a brisa do Atlântico e a observar os barcos. A mesma vista pode ser apreciada das várias esplanadas.
Docas de Santo Amaro
Alcântara
É desta marina que partem muitos dos barcos para passeios no Tejo . É também um dos espaços de restauração mais conhecidos e agradáveis de Lisboa. “As docas” é onde se misturam muitos turistas e lisboetas para uma refeição ao sol, com uma bela vista da Ponte 25 de Abril. É também onde se tiram muitas das melhores fotografias da ponte e do estuário do Tejo.
Passeio Ribeirinho de Belém
Belém
Se gosta de uma boa caminhada, vá das Docas de Santo Amaro até à Torre de Belém. Há quem vá de bicicleta, mas o melhor é um passeio com calma para apreciar as vistas. Pelo meio tem-se a companhia de pescadores e de uma escultura de Amália Rodrigues, que se encontra a observar o Tejo.
É aqui que também se encontra uma das grandes atrações culturais da cidade, o MAAT.
Jardim Anna Sommer
Belém
Este jardim da Doca de Pedrouços pertence à Fundação Champalimaud, mas é público e de acesso livre. É usado como espaço de lazer e para atividades desportivas, desde jogging a ginástica e passeios de bicicleta. Tem vista para a Torre de Belém, mas a grande atração é o pôr do sol.
Cacilhas
Almada
Regresse ao Cais do Sodré e vá de barco (o “cacilheiro”) até Cacilhas no outro lado do rio. A viagem dura apenas 10 minutos e oferece uma das mais belas vistas de Lisboa. Vários restaurantes conhecidos pelo peixe fresco dão-lhe as boas-vindas, num ambiente pitoresco de vila piscatória. Há quem fique por aqui, enquanto outros apanham o autocarro 101 até ao Cristo Rei para mais vistas deslumbrantes da capital. Há ainda a possibilidade de visitar a Fragata Dom Fernando II e Glória, uma embarcação do século XIX.