As grandes discotecas dos anos 90, que fizerem de Lisboa uma das capitais da vida noturna na Europa, têm vindo a desaparecer, mas ainda há espaços para todo o tipo de públicos. A maioria abre apenas às sextas-feiras e sábados (algumas também às quintas), a partir da meia-noite, e só encerra ao nascer do sol. Quase todas situam-se nos bairros de Santos, Cais do Sodré, e junto ao rio em Alcântara, na Avenida 24 de Julho e arredores. As discotecas de Santos e Alcântara atraem um público mais jovem, e muitas escolhem os ritmos brasileiros e africanos. Já no Cais do Sodré o público é mais variado, e as discotecas passam vários tipos de música, desde house a rock, e até atuações ao vivo.
Um dos poucos espaços que sobrevivem dos anos 90 é o Lux, que é ainda hoje considerado o melhor espaço noturno da cidade (até já foi considerada uma das 25 melhores discotecas da Europa). É onde todos querem ficar para ver o nascer do sol no Tejo, mas quem não consegue entrar, muitas vezes acaba noutra discoteca junto ao rio, a K Urban Beach (mais detalhes abaixo).
B.Leza
Cais do Gás/Rua Cintura do Porto de Lisboa, Armazém B (Cais do Sodré)
facebook.com/BlezaClube
Foto: B.Leza
Durante anos (desde 1995), esta foi uma mítica discoteca africana num palacete arruinado, que teve de abandonar em 2007. Renasceu em 2012 num antigo armazém junto ao rio, mantendo o espírito animado de sempre. Música africana ao vivo e ritmos cabo-verdianos para dançar são as atrações principais, mas também há noites especiais de poesia e outras atividades, como aulas de dança. Além dos sons de África, a programação inclui música latino-americana, e uma noite por mês é dedicada ao fado.
Abre de quarta-feira a domingo.
Dock's Club
Rua de Cintura Porto de Lisboa, 226 (Alcântara)
facebook.com/thedocksclub
Foto: Dock's Club
Um dos espaços mais resistentes nos antigos armazéns à beira rio em Alcântara, esta discoteca mistura os sucessos da música dance com ritmos africanos, pois tem uma forte presença angolana. É também conhecida pelas suas "ladies nights" às terças-feiras.
Abre às terças, sextas e sábados.
Hype
Avenida 24 de Julho, 66 (Santos)
instagram.com/hype.lisbon
Foto: Hype
Há já duas décadas que este espaço é uma discoteca, mas é a “Hype” desde 2020. É um destino para dançar reggaeton, funk e outros ritmos latinos. Noutras noites ouve-se house e EDM (electronic dance music) e há festas Erasmus.
Incógnito
Rua dos Poiais de São Bento, 37 (São Bento)
facebook.com/incognitobar
Foto: Incognito/Carlos Morais da Silva
A Incógnito leva o prémio de discoteca com o nome mais adequado. Escondido numa rua residencial às portas do Bairro Alto, e sem qualquer indicação à porta, este espaço parece não querer dar-se a conhecer, mas é sempre encontrado por um público fiel. É preciso tocar à campainha para entrar, encontrando-se depois jovens e menos-jovens a divertirem-se ao som dos êxitos dos anos 80, como já é habitual há mais de duas décadas. A pista é pequena, mas ninguém parece importar-se, pois dançam e cantam as suas canções favoritas. Para uma pausa há sofás, onde também se bebe e conversa. É aqui que se chega à conclusão que se encontrou um dos segredos mais bem guardados de Lisboa, mas que no fundo toda a gente já parece conhecer.
K Urban Beach
Avenida Brasilia/Cais da Viscondessa/Rua da Cintura do Porto de Lisboa (Santos)
facebook.com/Urban.Beach.K
Foto: K Urban Beach
Abre às 20h para jantares nos seus dois restaurantes (um de sushi e outro de carne), e transforma-se em bar e discoteca depois da meia-noite até às 6 da manhã.
Encontra-se ao lado do restaurante Kais, do mesmo grupo, e é o destino perfeito para cocktails junto ao Tejo. A areia e a localização criam um ambiente de praia no centro da cidade, animado por DJs nacionais e internacionais.
Abre de quarta-feira a sábado (também às terças e domingos durante o verão), e é o destino preferido dos jovens universitários de Lisboa e arredores.
Kremlin
Rua Escadinhas da Praia, 5/Avenida 24 de Julho (Santos)
facebook.com/kremlin.lisboa
Foto: Kremlin
Abriu em 1988 e tornou-se a mítica discoteca de Lisboa durante a década de 1990, chegando a entrar na lista das melhores da Europa na revista “DJ”. Encerrou em 2011, mas um grupo de investidores fê-la renascer em 2016. O espaço, que é parte de um antigo convento, mantém os arcos de pedra, mas alterou a decoração. Continua a ser um destino para se ouvir e dançar música eletrónica, mas apenas nas noites de sexta-feira e sábado, até às 6 da manhã.
Lust in Rio
Rua da Cintura do Porto de Lisboa, 255 (Cais do Sodré)
facebook.com/LustLisbon
Foto: Lust in Rio
Abriu na Praça do Comércio, mas acabou por ocupar o espaço de uma antiga esplanada junto ao rio. É uma discoteca ao ar livre, aberta diariamente durante o verão (até às 6h aos fins de semana). Apresenta uma programação variada, desde festas temáticas a noites com DJs diferentes. O que nunca muda é o ambiente descontraído, que atrai um público de várias idades.
Lux - Frágil
Avenida Infante Dom Henrique (Alfama)
facebook.com/luxfragil
Foto: Lux - Frágil
É indiscutívelmente o rei de todos os espaços noturnos de Lisboa -- um bar, discoteca e sala de concertos com as noites mais badaladas da cidade. Aberto em 1998, é conhecido pela decoração sempre fabulosa, pelo seu terraço com uma vista espetacular sobre o rio, pelas festas temáticas e simplesmente pelos melhores DJs (muitos deles convidados de renome internacional).
Há sempre filas à porta às sextas-feiras e sábados, mas muitos não têm a sorte de conseguir entrar.
Ministerium Club
Praça do Comércio (Baixa)
facebook.com/MinisteriumClub
Foto: Ministerium Club
Todos os sábados, esta discoteca apresenta uma programação de música eletrónica (house e techno) com a presença de DJs nacionais e internacionais de vanguarda. Encontra-se instalada num espaço do século XVIII na Praça do Comércio, com belas abobadas iluminadas e obras de artistas plásticos portugueses nas paredes.
Numa mezzanine há mesas, sofás e cadeiras, para se ficar à conversa e a tomar um copo.
Mome
Avenida 24 de Julho, 68 (Santos)
instagram.com/momelisbon
Foto: Mome
No lugar da lendária discoteca Kapital, dos anos 90, surgiu uma nova discoteca chamada Main, que em 2017 passou a chamar-se Mome.
Dividida em dois pisos (um bar com espaço para dançar no de cima, e a pista de dança no de baixo), está decorada com uma estátua “The Spirit of Ecstasy”, símbolo da Rolls Royce. A música varia entre a dance music internacional e a brasileira.
Abre de quarta-feira a domingo, a partir das 23h.
Musicbox
Rua Nova do Carvalho, 24 (Cais do Sodré)
facebook.com/MUSICBOXLISBON
Foto: Musicbox
Música ao vivo e DJs tornaram este espaço no Cais do Sodré num dos mais ecléticos e concorridos da noite lisboeta. Oferece uma intensa programação de concertos e eventos, com sons que passam pelo jazz, rock e house, para um público variado.
Plateau
Escadinhas da Praia, 7 (Santos)
facebook.com/plateauoficial
Foto: Plateau
É uma das discotecas mais antigas da cidade e ainda uma das favoritas, enchendo-se nas noites de sexta-feira e sábado por grupos que procuram os sons dos anos 80 e êxitos pop-rock. A noite semanal "Ladies' Night" continua muito concorrida.
Abre às quartas, sextas e sábados, das 23h45 às 6h.
Radio-Hotel
Travessa Conde da Ponte, 12 (Alcântara)
facebook.com/RadioHotelLx
Foto: Radio-Hotel
Projeto de uma estação de rádio na internet, esta é uma discoteca que promove a música eletrónica todas as sextas-feiras e sábados. Fica bem perto do rio em Alcântara, a passos da Ponte 25 de Abril, e apresenta uma decoração com tons suaves, azuis e violeta. Bons DJs garantem que o espaço está sempre animado, e para quem prefere ficar fora da pista de dança, há sofás e poltronas, e um bar de cocktails e gins.
Rive Rouge
Praça D. Luís I (Cais do Sodré)
www.rive-rouge.com
Foto: Rive Rouge
Em 2016, os proprietários da discoteca Lux abriram mais um espaço noturno, desta vez no Mercado da Ribeira. Esse espaço, pintado de vermelho, abre de quarta-feira a domingo, a partir das 22h, para cocktails (clássicos e de autor) depois do jantar e para dançar até às 4 da manhã.
Roterdão Club
Rua Nova do Carvalho, 28-30 (Cais do Sodré)
facebook.com/RoterdaoClub
Foto: Roterdão Club
Este espaço é um dos clássicos do Cais do Sodré, mantendo o nome mesmo depois de mudanças de gerência, e sempre com os néons antigos à entrada. Conhecido como discoteca de música alternativa, sobretudo indie e dos anos 80, agora também serve de palco para concertos e até para pequenas peças de teatro.