A Melhor Arquitetura em Lisboa


Lisboa tem uma extraordinária variedade de estilos arquitetónicos. Apesar da destruição causada pelo grande terramoto em 1755, a cidade conseguiu escapar aos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial, e é por isso possível encontrar arquitetura de todas as épocas da sua história. A pombalina e a manuelina são as que mais se destacam, assim como os ricos interiores barrocos.
O projeto urbanístico mais importante dos últimos tempos foi a reabilitação da zona ribeirinha oriental (agora conhecida como Parque das Nações), para a Expo 98, e é aí que se encontram os exemplos mais notáveis da arquitetura contemporânea.



Gótica

Convento do Carmo, Lisboa

Convento do Carmo


Sé, Lisboa

Lisboa tem poucos monumentos góticos. O mais notável é o Convento do Carmo, vítima do terramoto de 1755 e hoje uma bela ruína. Continua a ser a mais pura construção gótica da cidade, pois outras com características góticas, como a Sé, misturam estilos mais antigos ou mais recentes.


Manuelina

Jerónimos, Lisboa

Mosteiro dos Jerónimos


Torre de Belém, Lisboa

Torre de Belém


Igreja da Conceição Velha, Lisboa

Igreja da Conceição Velha


Convento da Madre de Deus, Lisboa

Convento da Madre de Deus


Casa dos Bicos, Lisboa

Casa dos Bicos


Estação do Rossio, Lisboa

Estação do Rossio

Este estilo genuinamente português desenvolveu-se durante o reinado de D. Manuel I, e é um gótico tardio ou flamejante, e uma fabulosa glorificação dos Descobrimentos portugueses. Uma rica ornamentação de motivos marinhos, o escudo nacional e a cruz da ordem de Cristo são as suas características principais.
Dois dos monumentos mais emblemáticos deste estilo são o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, mas existem outros exemplos em Lisboa, como o Convento da Madre de Deus (Museu do Azulejo), a Igreja da Conceição Velha e a Casa dos Bicos. Um exemplo do neo-manuelino que surgiu no século XIX é a Estação do Rossio.


Pombalina

Rua Augusta, Lisboa

Rua Augusta


Largo do Camões, Lisboa

Praça Luís de Camões


Praça de São Paulo, Lisboa

Praça de São Paulo


Rossio, Lisboa

Rossio

A reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 foi feita num estilo neoclássico que ficou conhecido por "Pombalino", referindo-se ao Marquês de Pombal, o responsável pelo projeto. É um estilo simples com fachadas depuradas (excetuando aquelas mais tarde forradas com azulejos), usando uma estrutura anti-sísmica designada de "gaiola" em edifícios de quatro pisos e equipados com saneamento moderno. Eram ideias de vanguarda na altura, juntando-se às dos métodos de construção pré-fabricada, criando o primeiro exemplo de urbanismo racionalista.
Apesar de o estilo Pombalino encontrar-se sobretudo em Lisboa, também foi usado em muitas construções no sul de Portugal e no Brasil. A obra prima é, no entanto, a Baixa lisboeta, sendo o Rossio e a Praça de São Paulo os espaços mais exemplares.


Barroca

Basílica da Estrela, Lisboa

Basílica da Estrela


Panteão Nacional, Lisboa

Panteão Nacional


Igreja de Santa Catarina, Lisboa

Igreja de Santa Catarina


Igreja da Madre de Deus, Lisboa

Igreja da Madre de Deus


Igreja de São Roque, Lisboa

Igreja de São Roque


Igreja do Menino Deus, Lisboa

Igreja do Menino Deus

A palavra "barroco" em vários idiomas tem origem na palavra portuguesa. O estilo surgiu durante a descoberta de ouro e de diamantes no Brasil no século XVIII, levando à profusão de ornamentação em talha dourada em muitas igrejas e palácios de Portugal e da Europa. Existem poucos monumentos puramente barrocos em Lisboa, pois foi um estilo frequentemente usado no enriquecimento de edifícios já existentes, e houve uma mistura de outros estilos mais recentes em reconstruções e renovações.
No entanto, existem vários interiores monumentais, como o da Igreja de São Roque, o da Basílica da Estrela, da Igreja de Santa Catarina, da Igreja do Menino Deus, do Panteão Nacional e da Igreja da Graça, entre vários outros exemplos.


Neoclássica

Teatro São Carlos, Lisboa

Teatro Nacional de São Carlos


Palácio da Ajuda, Lisboa

Palácio da Ajuda


Praça do Município, Lisboa

Paços do Concelho


Teatro D. Maria II, Lisboa

Teatro Nacional D. Maria II


Palácio de São Bento, Lisboa

Palácio de São Bento


Palácio da Bemposta, Lisboa

Palácio da Bemposta

Enquanto o estilo pombalino surgiu da necessidade de uma arquitetura mais funcional numa nova cidade iluminista, os edifícios mais importantes de Lisboa depois do terramoto eram mais monumentais, em estilo neo-clássico. O primeiro foi o Teatro Nacional de São Carlos, depois veio o Palácio da Bemposta, o Teatro Nacional D. Maria II, o Palácio de São Bento, os Paços do Concelho e o Palácio da Ajuda.


Neo-Mourisca

Príncipe Real, Lisboa

Palacete Ribeiro da Cunha


Campo Pequeno, Lisboa

Praça de Touros do Campo Pequeno


Casa do Alentejo, Lisboa

Casa do Alentejo


Palacete Conceição e Silva, Lisboa

Palacete Conceição e Silva

Com a exceção do castelo, não existem edifícios do tempo dos mouros em Lisboa. No entanto, durante a época romântica do século XIX, muitas construções novas revelaram uma inspiração mourisca. Este estilo neo-mourisco pode ser visto na Praça de Touros do Campo Pequeno, com as suas características cúpulas e arcos mouriscos, típicos de tantas outras praças de touros ibéricas. Outros exemplos são o pátio interior da Casa do Alentejo e o átrio da Cinemateca, assim como o Palacete Ribeiro da Cunha e o Palacete Conceição e Silva na Avenida da Liberdade (número 226).


Arte Nova e Art Déco

Museu Anastácio Gonçalves, Lisboa

Museu Anastácio Gonçalves


Animatógrafo do Rossio, Lisboa

Animatógrafo do Rossio


Teatro Eden, Lisboa

Teatro Eden


Café Nicola, Lisboa

Café Nicola

No início do século XX, a Baixa e o Chiado revestiram-se de elementos Arte Nova, e logo de imediato surgiu o estilo Art Déco. Desde fachadas de espaços comerciais, à decoração de azulejos, ainda se encontram alguns belos exemplos, como o famoso Café Nicola, o antigo cinema Animatógrafo do Rossio, o Internacional Design Hotel, a Confeitaria Nacional, e o edifício Grandella (hoje uma loja H&M).
Mais a norte, nas Avenidas Novas, encontra-se o belo edifício do Museu Anastácio Gonçalves.
Dois exemplos Art Déco são agora hotéis, o Teatro Éden (Hotel VIP Eden) e o Hotel Britânia.


Contemporânea

Estação do Oriente, Lisboa

Estação do Oriente


Parque das Nações, Lisboa

Torres São Grabriel e São Rafael


Torre Vasco da Gama, Lisboa

Torre Vasco da Gama


Pavilhão Atlântico, Lisboa

Altice Arena


Pavilhão de Portugal, Lisboa

Pavilhão de Portugal


CCB, Lisboa

Centro Cultural de Belém


Amoreiras, Lisboa

Torres das Amoreiras


Fundação Champalimaud, Lisboa

Fundação Champalimaud


MAAT, Lisboa

MAAT

O primeiro grande exemplo de arquitetura contemporânea em Lisboa foi o edifício da Fundação Calouste Gulbenkian, classificado como monumento nacional em 2010. Encontra-se rodeado de jardins desenhados por Gonçalo Ribeiro Telles, o reconhecido arquiteto paisagista português. Outra grande instituição cultural, o CCB, veio mais tarde, uma construção em pedra calcária que inicialmente causou grande polémica devido à sua localização junto ao Mosteiro dos Jerónimos. Outra obra polémica alguns anos antes, na década de 80, foi a das torres das Amoreiras, devido ao seu estilo pós-modernista.
A Expo 98 trouxe vários exemplos notáveis de arquitetura contemporânea, como a Torre Vasco da Gama, o Pavilhão de Portugal de Siza Vieira e a Estação do Oriente de Santiago Calatrava.
Mais recente ainda é o edifício da Fundação Champalimaud, perto da Torre de Belém, e o MAAT, também em Belém.