Os 35 Melhores Museus de Lisboa


Os museus de Lisboa apresentam coleções surpreendentes, de pintura dos grandes mestres até à arte contemporânea. Muitas delas são ainda pouco conhecidas, mas são acessíveis a todos os públicos, pois quase todos os meseus têm um dia com entrada livre. A maioria é grátis aos domingos de manhã para residentes em Portugal e encerra à segunda-feira. Para quem vem de fora de Lisboa ou do país, o Lisboa Card oferece entrada livre ou desconto na maioria dos museus e monumentos da cidade.



Museu Calouste Gulbenkian

Avenida de Berna, 45A (Avenidas Novas)
gulbenkian.pt
Encerra à terça-feira
Entrada livre aos domingos a partir das 14h

Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa

Calouste Gulbenkian, empresário arménio do setor do petróleo, colecionava "apenas o melhor" e o resultado foi uma das mais importantes e impressionantes coleções privadas do mundo. Inclui obras primas de vários períodos e áreas, desde arte egípcia a greco-romana e islâmica, e ainda pintura e artes decorativas europeias. Entre as cerca de 6500 peças adquiridas pelo colecionador encontram-se obras de Rembrandt, Renoir, Rubens, Monet, Degas e Van Dyck, entre outros, juntamente com têxteis, faianças e uma coleção única de jóias Lalique. Várias obras foram adquiridas ao Museu Hermitage de São Petesburgo, e entre os trabalhos de escultura figura o célebre original em mármore de Diana, de Houdon, que pertenceu a Catarina da Rússia.
A ideia original era a criação de um museu em Londres, o que não se realizou devido à II Guerra Mundial e a questões diplomáticas, que levaram Gulbenkian a mudar-se para Lisboa. Em 1953 foi decidido, em testamento, que todas as obras seriam expostas na capital portuguesa. Foi criada uma fundação com o seu nome, e o Museu Calouste Gulbenkian abriu em 1969.
Hoje é uma das instituições mais importantes de Portugal, e o museu uma das atrações imperdíveis de Lisboa. É parte integrante de um complexo arquitetónico constituído pelo edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian, pelo edifício com a coleção moderna e um anfiteatro ao ar livre inserido no Parque Santa Gertrudes, mais conhecido por "jardins da Gulbenkian".
A coleção moderna começou a ser adquirida logo no início da fundação, e foi exposta pela primeira vez em 1983. Contém obras de arte dos séculos XX e XXI (incluindo pintura, escultura, desenho, gravura e fotografia) de artistas portugueses e alguns internacionais, sobretudo ingleses. Assim, nas exposições permanente e temporárias são expostas peças de nomes como Paula Rego, Almada Negreiros, Antony Gormley ou David Hockney, incluindo algumas esculturas no exterior junto ao jardim.
Há ainda uma loja especializada em livros de arte e uma cafetaria com vista para o jardim.


Museu Nacional de Arte Antiga

Rua das Janelas Verdes (Santos)
www.museudearteantiga.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa

O Museu Nacional de Arte Antiga, aberto em 1884 num palácio do século XVII, é o museu com o maior número de "tesouros nacionais". Entre as obras mais emblemáticas estão "As Tentações de Santo Antão" de Hieronymus Bosch e "São Jerónimo" de Dürer, mas a grande obra prima são os Painéis de São Vicente, do século XV, atribuídos a Nuno Gonçalves. Representam sessenta figuras que se acredita estarem a venerar São Vicente, sendo uma delas o Infante Dom Henrique no seu retrato mais conhecido.
Juntamente com a de pintura, há também uma coleção de escultura e de artes decorativas, em grande parte relacionadas com a época dos Descobrimentos, quando Portugal criou os primeiros laços entre a Europa e a Ásia, África e Américas. Aqui o destaque vai para a Custódia de Belém, feita de preciosidades trazidas por Vasco da Gama, e para os Biombos Nanban que retratam a chegada dos portugueses ao Japão.
Após uma visita ao museu, não deixe de passar pelo jardim, que oferece uma esplanada com vista sobre o Tejo.


Museu Coleção Berardo

Praça do Império (Belém)
www.museuberardo.com
Abre todos os dias
Entrada livre aos sábados

Museu Berardo, Lisboa

A coleção mais importante de arte moderna e contemporânea em Lisboa é também reconhecida como uma das melhores da Europa. Pertence a Joe Berardo, o conhecido milionário que iniciou a sua coleção seguindo os conselhos do seu amigo Francisco Capelo, que também apresenta a sua própria coleção na cidade, no Museu do Design e da Moda.
O Museu Berardo abriu em 2007 no Centro Cultural de Belém, e oferece uma visão global das artes plásticas desde o século XX à atualidade, com destaque para a arte europeia e americana. Alguns dos nomes representados incluem Andy Warhol, Picasso, Joan Miró e Paula Rego.


MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia

Avenida de Brasília (Belém)
maat.pt
Encerra à terça-feira
Entrada livre no primeiro domingo de cada mês

MAAT, Lisboa

O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) é um projeto da Fundação EDP, e funciona numa antiga central termoelétrica e num novo edifício icónico desenhado pela arquiteta britânica Amanda Levete. Tem quase três mil metros quadrados para exposições e eventos, e no início foi dirigido pelo antigo curador de arquitetura contemporânea do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque, Pedro Gadanho, que diz que o museu de Lisboa é único no mundo, pois não existe outro que cruze as disciplinas de arte, arquitetura e tecnologia. Este aborda a relação da arte com as novas tecnologias, através de uma programação contemporânea e internacional.
Existem planos para um restaurante com vista para a Ponte 25 de Abril, e é possível andar por cima do novo edifício em forma de concha e de linhas curvas e fluídas. A escadaria exterior desce até ao Tejo, criando um grande espaço público.


Museu Nacional do Azulejo

Rua da Madre de Deus, 4 (Xabregas)
www.museudoazulejo.gov.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu do Azulejo, Lisboa

O Museu Nacional do Azulejo apresenta a história e a evolução da arte do azulejo num magnífico convento do século XVI, e é uma das mais belas e impressionantes atrações de Lisboa. É também único no mundo, pois nenhum outro se dedica a esta arte com origem no antigo Egito, e que se alastrou pelo norte de África e Europa.
Uma visita ao museu inclui uma passagem pela esplendorosa igreja e pequeno claustro maneirista do século XVI, e pelo caminho encontra-se uma coleção que vai do século XV à contemporaneidade.
A obra mais emblemática é uma composição de 1300 azulejos com 36 metros de comprimento, ilustrando Lisboa antes do terramoto de 1755. Também se destaca o colorido retábulo "Nossa Senhora da Vida", de 1580, que representa o nascimento de Cristo, "A Lição de Dança" do holandês Willelm van der Kloet, de 1707, o "Retrato de Senhora" do início do século XIX, e ainda "O Casamento da Galinha," obra enigmática de 1665.
Depois da visita pode começar a sua própria coleção adquirindo azulejos na loja, ou ficar para uma refeição no restaurante/cafetaria, que, naturalmente, se encontra decorado com vários azulejos oitocentistas.
O museu situa-se um pouco fora do centro, mas o autocarro 759, que tem a Estação do Oriente como destino, pára mesmo em frente. Parte da Praça dos Restauradores mas também pode apanhá-lo junto à estação de Santa Apolónia.


Museu Nacional dos Coches

Praça Afonso de Albuquerque/Avenida da Índia, 136 (Belém)
museudoscoches.gov.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu dos Coches, Lisboa

Este museu é uma das atrações mais visitadas de Lisboa, e percebe-se porquê quando se encontra uma coleção única no mundo, de magníficos e valiosos coches. Estes luxuosos veículos transportaram nobreza e realeza europeia durante séculos, e encontram-se hoje expostos num edifício moderno desenhado pelo premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
Abriu pela primeira vez em 1905 no antigo Picadeiro Real, que ainda tem coches e berlindas em exposição, juntamente com pintura da família real. O novo edifício encontra-se mesmo em frente, e entre as viaturas de gala e de passeio dos séculos XVI a XIX destaca-se um que foi usado numa embaixada a Louis XIV de França, outro usado numa embaixada ao Papa Clemente XI, e ainda outro mais recente (do século XIX) que foi usado pela Rainha Isabel II numa visita de estado.
O coche mais antigo data dos finais do século XVI, e é um de apenas dois no mundo que ainda sobrevive dessa época (o outro encontra-se em Moscovo).
Além dos coches, o museu apresenta ainda uma coleção de peças usadas no serviço das viaturas e na arte da cavalaria.


MuDe - Museu do Design e da Moda

Rua Augusta, 24 (Baixa)
www.mude.pt
ESTE MUSEU ENCONTRA-SE ENCERRADO PARA OBRAS
Este museu tem entrada livre

MUDE, Lisboa

O MuDe (Museu do Design e da Moda) abriu em 2009, depois de alguns anos (de 1999 a 2006) como Museu do Design no Centro Cultural de Belém. Neste novo local (uma antiga sede de uma instituição bancária) mistura moda e design colecionado pelo economista Francisco Capelo, com peças que vão desde os meados do século XIX ao presente.
É considerado um dos melhores museus de design da Europa, com grandes nomes do design representados ao lado dos maiores estilistas internacionais, como Charles & Ray Eames, Le Corbusier, Tom Dixon, Philippe Starck, Yves Saint Laurent, Jean Paul Gaultier, Christian Dior, Chanel, Vivienne Westwood, Versace, e ainda Tommy Hilfiger, que doou uma peça da sua autoria.
O espaço, que aguarda requalificação, alberga ainda várias exposições temporárias. Após as obras, com conclusão prevista para 2022, a área de utilização permanente será de 14 mil m2, o que fará deste um dos maiores museus ligados ao design da Europa.
Durante as obras, parte da coleção encontra-se exposta em outros locais da cidade, em exposições temáticas. Quando o museu reabrir, terá um novo auditório, uma pequena cafetaria, e ainda um restaurante na cobertura do edifício, com vista para o Castelo de São Jorge e para o arco da Rua Augusta.


Museu do Oriente

Avenida Brasília/Avenida 24 de Julho/Doca de Alcântara (Alcântara)
www.museudooriente.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre às sextas-feiras, das 18h às 22h.

Museu do Oriente, Lisboa

Foi de Lisboa que partiram as primeiras grandes viagens marítimas que criaram os primeiros laços culturais e comerciais entre a Europa e a Ásia. Este museu, inaugurado em 2008, apresenta as artes e as culturas que surgiram desses encontros históricos entre o Ocidente e o Oriente, através de peças indo-portuguesas, biombos japoneses, porcelana chinesa, pinturas e têxteis. Há ainda peças hindu e budistas da coleção Kwok On.
O museu encontra-se instalado num antigo armazém dos anos 40 junto ao Tejo, e também é palco de uma programação cultural que vai da música à dança e conferências.


Museu Medeiros e Almeida

Rua Rosa Araújo, 41 (Avenida da Liberdade)
www.casa-museumedeirosealmeida.pt
Encerra ao domingo
Entrada livre aos sábados de manhã

Museu Medeiros e Almeida, Lisboa

Apreciadores de coleções em residências privadas, como a Frick Collection em Nova Iorque ou a Wallace Collection de Londres, irão com certeza querer visitar a Casa-Museu Medeiros e Almeida em Lisboa, um dos mais surpreendentes e belos museus de Lisboa. Encontra-se num palacete dos finais do século XIX, onde viveu António de Medeiros e Almeida, um prestigiado homem de negócios. Ele reuniu um precioso conjunto de obras de arte, e no seu espólio dividido em 25 salas destaca-se um retrato de Rembrandt, pinturas de Rubens, François Boucher e Tiepolo, sofisticada relojoaria inglesa e suíça que formam uma das mais notáveis coleções privadas de relógios do mundo, mobiliário francês, algumas das primeiras peças de porcelana vindas da China para a Europa, e um serviço de chá em prata utilizado pelo imperador Napoleão, gravado com o seu emblemático "N".
Na bela "Sala do Lago" encontram-se painéis de azulejos do século XVIII, representando cada continente e cada uma das quatro estações do ano, rodeando uma fonte em mármore e bronze que pertenceu aos famosos jardins do palácio de Versailles.


Museu de Marinha

Praça do Império (Belém)
ccm.marinha.pt/pt/museu/
Encerra à segunda-feira
Entrada livre no primeiro domingo de cada mês

Museu de Marinha, Lisboa

O Museu de Marinha mostra como Portugal foi pioneiro na exploração dos oceanos. Fá-lo através de modelos de barcos da época dos Descobrimentos, de globos antigos e mapas que revelam como o mundo era conhecido há séculos atrás.
Expõe também uma imagem do arcanjo São Rafael que acompanhou Vasco da Gama até à Índia, o avião que fez a primeira travessia do Atlântico-Sul em 1922 comandado pelos aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, e astrolábios do século XVII encontrados nos destroços de galeões afundados ao largo da Flórida e do Brasil.
Durante uma visita vê-se ainda as camarinhas reais do iate "Amélia", construídas em 1900.


Palácio Nacional da Ajuda

Largo da Ajuda (Ajuda)
www.palacioajuda.gov.pt
Encerra à quinta-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Palácio da Ajuda, Lisboa

O Palácio Nacional da Ajuda foi construído em 1795, em estilo neoclássico, e foi a última residência oficial da família real portuguesa em Lisboa. A primeira foi o Castelo de São Jorge, até à construção do Paço da Ribeira junto ao Tejo em 1498. Quando esse sumptuoso palácio ficou completamente destruído no terramoto de 1755, o rei decidiu mudar-se para a colina da Ajuda. Viveu numa residência temporária até à construção do novo palácio, que nunca ficou concluído devido às invasões francesas. O que se vê hoje é apenas uma pequena parte do plano original, que era para ser um dos maiores palácios da Europa, com jardins a descer até ao Tejo. No entanto, não deixa de ter um magnífico interior, com várias salas e uma decoração extravagante. Os espaços mais impressionantes são a Sala do Trono, a Sala dos Grandes Jantares e a Sala do Despacho.
Dois pisos do palácio são visitáveis, e formam um grande museu de artes decorativas do século XV ao século XX. Tem uma notável e variada coleção de relógios, e um serviço de jantar que é um dos poucos serviços reais da Europa que permanecem intactos.
Após uma visita ao palácio, não deixe de visitar o Jardim Botânico, do outro lado da estrada.
A fachada poente do palácio encontra-se finalmente em construção, e, depois da sua conclusão em 2021, será inaugurada uma exposição permanente das jóias da Coroa Portuguesa, uma das maiores coleções do género no mundo.


Museu de Lisboa

PALÁCIO PIMENTA - Campo Grande, 245 (Avenidas Novas)
TEATRO ROMANO - Rua de São Mamede, 3 (Alfama)
CASA DOS BICOS - Rua dos Bacalhoeiros, 10 (Alfama)
MUSEU DE SANTO ANTÓNIO - Largo de Santo Antonio da Sé, 22 (Alfama)
TORREÃO POENTE - Praça do Comércio (Baixa)
www.museudelisboa.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu de Lisboa

O antigo “Museu da Cidade” passou a chamar-se “Museu de Lisboa” em 2015, e foi dividido em cinco núcleos para contar a história de Lisboa sob perspetivas diferentes. As coleções vão da pré-história ao século XX, e há ainda um espaço para exposições temporárias sobre a cidade.
O cinco núcleos são:
PALÁCIO PIMENTA - Este palácio de veraneio do século XVIII (construído por Dom João V para uma freira, sua amante) é onde nasceu o “Museu da Cidade”. Mantém uma coleção de achados arqueológicos, escultura e pintura, uma curiosa maquete de Lisboa mostrando como era a cidade antes do terramoto de 1755, e ainda uma coleção importante de azulejos. Uma visita deve incluir um passeio pelos jardins, onde se encontram pavões entre uma coleção de fauna e flora em cerâmica, criada pelo escultor Rafael Bordalo Pinheiro.
TEATRO ROMANO - Este pequeno museu revela a Lisboa romana. Apresenta o que resta de um teatro romano do século I, e peças encontradas durante as escavações, espalhadas por três pisos.
O teatro comportava cerca de 4000 espetadores, mas apenas cerca de um terço do edifício foi escavado e recuperado. Tinha uma bela vista do Tejo, como se pode ver ainda hoje das janelas do museu.
Depois de ter encerrado em 2013 para obras de requalificação, que duraram dois anos, o museu passou a ser um dos núcleos do Museu de Lisboa.
CASA DOS BICOS - Este curioso edifício foi construído em 1523, inspirado na arquitetura dos palacetes de Veneza. Era a residência do governador da Índia portuguesa, Afonso de Albuquerque, e sobreviveu ao terramoto de 1755. O nome deve-se à fachada com mais de 1000 pedras em bico, e os dois últimos andares têm janelas em estilo manuelino. No piso térreo encontra-se um núcleo arqueológico que faz parte do Museu de Lisboa. Inclui parte da Cerca Moura e vestígios de diversas épocas dos últimos 2000 anos, incluindo objetos de uso diário e um tanque romano de uma fábrica de preparados de peixe. Nos pisos superiores foi instalada a sede da Fundação José Saramago, que dá a conhecer a vida e obra do escritor português que foi premiado com o Nobel da Literatura. O prémio encontra-se em exposição, juntamente com as várias edições internacionais dos livros que escreveu, recortes de jornais, notas pessoais, fotografias e vídeos com entrevistas e discursos. Há ainda a sua biblioteca pessoal, uma loja com os seus livros traduzidos em várias línguas, e uma reprodução do primeiro escritório onde escreveu, com a sua secretária e outros objetos pessoais. As cinzas de Saramago foram espalhadas em frente, junto a uma oliveira trazida de Azinhaga do Ribatejo, terra natal do escritor.
MUSEU DE SANTO ANTÓNIO - No local onde nasceu Santo António em 1195, encontra-se hoje uma igreja dedicada ao santo, venerado como casamenteiro e protetor dos objetos perdidos. Santo António foi sempre o santo mais popular de Lisboa, e uma estátua com a sua imagem encontra-se junto à igreja, originalmente do século XV, mas reconstruída após o terramoto de 1755, em 1757. A fachada combina o barroco e o neoclássico, assim como o interior, onde se destacam telas do pintor Pedro Alexandrino de Carvalho e os restos mortais de Santa Justina, transferidos de Roma em 1777 pelo Papa Pio VI. Na cripta, onde terá nascido Santo António, vê-se um painel de azulejos contemporâneos ilustrando uma visita do Papa João Paulo II em 1982. Ao lado da igreja fica um pequeno museu, que apresenta uma coleção de pintura, escultura e manuscritos que evocam o culto popular associado ao santo. No dia de Santo António, a 13 de junho, vários noivos passam pela igreja após uma cerimónia de casamento que se realiza na Sé, situada nas traseiras.
TORREÃO POENTE - O torreão poente da Praça do Comércio é onde se realizam exposições temporárias de média duração relacionadas com o tema de Lisboa. Das janelas tem-se uma bela vista sobre a praça.


Museu do Dinheiro

Largo de S. Julião (Baixa)
www.museudodinheiro.pt
Encerra à segunda-feira e terça-feira
Este museu tem entrada livre

Museu do Dinheiro, Lisboa

Uma igreja do século XVII, reconstruída em estilo barroco tardio depois do terramoto de 1755, é agora um museu que dá a conhecer a história do dinheiro no mundo. O percurso expositivo apresenta centenas de exemplares raros de notas e moedas de todo o mundo, incluindo a primeira nota portuguesa e a primeira nota e a primeira moeda no Ocidente e no Oriente.
Uma grande vitrina expõe tesouros numismáticos que testemunham a epopeia dos Descobrimentos, a moeda cunhada com ouro do Brasil, e ainda um objeto singular -- um oban (moeda japonesa em ouro).
Este é um museu interativo, convidando os visitantes a cunharem uma moeda e a imprimirem uma nota com a sua própria imagem, a até a tocarem numa barra de ouro com mais de 12kg, com um valor de cerca de meio milhão de euros. Esta encontra-se junto à bilheteira, dentro de uma caixa-forte de sete toneladas, onde se guardavam as reservas de ouro do país.
O bilhete vem com um código de barras, que permite registar as ações do visitante na exposição, ficando disponíveis online para partilha nas redes sociais.
Durante a visita ao museu ainda é possível descer ao subsolo para ver uma construção medieval -- um troço da Muralha de D. Dinis, descoberto em 2010. A muralha separava o Tejo da cidade medieval, e defendia-a de ataques vindos do mar. Vestigíos arqueológicos encontrados à sua volta estão agora em exposição, testemunhando a história da Lisboa ribeirinha ao longo de mais de mil anos.


Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado

Rua Serpa Pinto, 4-6 (Chiado)
www.museuartecontemporanea.gov.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu do Chiado, Lisboa

O Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado abriu em 1911, num antigo convento que foi completamente remodelado em 1994, ano em que Lisboa foi a Capital Europeia da Cultura. Reúne cerca de 5.000 obras de artistas portugueses de 1850 à atualidade (e alguma escultura francesa dos finais do século XIX), mas a maioria é anterior a 1950. A coleção é sobretudo de pintura, mas inclui também escultura, fotografia, desenho, gravuras e instalações. Todos os grandes nomes da arte moderna e contemporânea em Portugal estão representados, desde Almada Negreiros a Amadeo de Souza-Cardoso, Columbano Bordalo Pinheiro, Júlio Pomar, Mário Cesariny e Paula Rego.
O espaço, que manteve algumas características do seu passado (como os antigos fornos), foi ampliado em 2015, permitindo a exposição de obras de 1960 a 1990.
A cafetaria no terraço ajardinado, onde se encontram algumas esculturas, é uma boa opção para uma refeição ao ar livre, mesmo quando não se vai visitar o museu.


Museu Nacional de Arqueologia

Praça do Império (Belém)
www.museunacionalarqueologia.gov.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa

Fundado em 1893, o antigo "Museu Ethnográfico Português" instalou-se no antigo dormitório do Mosteiro dos Jerónimos em 1903. Apresenta a riqueza arqueológica nacional, com uma valiosa coleção de ourivesaria, cerâmica, escultura e mosaicos, sobretudo da época romana. Grande parte das peças são o resultado de escavações arqueológicas realizadas entre 1930 e 1960, mas também de diversas doações, incluindo da Casa Real Portuguesa. Tem ainda peças do Antigo Egipto, mas a parte principal é constituída por peças dos períodos pré-histórico, romano e medieval.
Conta milhares de anos de história dos povos do território português, dos celtas aos romanos, sendo a coleção de ourivesaria pré-romana particularmente notável. Tem ainda uma importante coleção de mosaicos romanos, sobretudo do sul do país.
Além das exposições permanentes, apresenta ainda exposições temporárias, muitas vezes em colaboração com outros museus.


Museu Arqueológico do Carmo

Largo do Carmo (Chiado)
www.museuarqueologicodocarmo.pt
Encerra ao domingo
Este museu não oferece entrada livre

Museu Arqueológico do Carmo, Lisboa

As ruínas do Convento do Carmo são das imagens mais belas e comoventes de Lisboa. Mantêm-se como um monumento à devastação causada pelo terramoto de 1755, apesar de a sua arquitetura gótica datar do século XIV.
Na antiga sacristia (que mantém a cobertura) encontra-se agora um museu arqueológico com uma coleção eclética de pequenos tesouros, como umas misteriosas múmias da América do Sul, o "Sarcófago das Musas" (romano, dos séculos III-IV), e o túmulo de D. Fernando I de Portugal, obra-prima da escultura gótica no país.
Em frente ao convento está o monumental Chafariz do Carmo, do século XVIII.


Museu de Artes Decorativas

Largo das Portas do Sol, 2 (Alfama)
www.fress.pt
Encerra à terça-feira
Este museu não oferece entrada livre

Museu de Artes Decorativas, Lisboa

Um palácio do século XVIII, virado para o Miradouro das Portas do Sol, alberga a Fundação Ricardo Espírito Santo e a sua coleção, que mostra como vivia a nobreza nos séculos XVIII e XIX.
Ricardo Espírito Santo foi um banqueiro e grande colecionador, deixando as suas preciosidades ao Estado após a sua morte. Foi então criado este museu, que apresenta tapeçaria flamenga, mobiliário indo-português, pintura, pratas e cerâmica chinesa em várias salas forradas a azulejos e com tetos magnificamente pintados.
Há também oficinas que podem ser visitadas (com marcação prévia), para observar os artesãos no processo de conservação e restauro de peças antigas.


Museu da Água

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA A VAPOR DOS BARBADINHOS - Rua do Alviela, 12 (Santa Apolónia)
RESERVATÓRIO DA MÃE D’ÁGUA DAS AMOREIRAS - Praça das Amoreiras, 10 (Amoreiras)
RESERVATÓRIO DA PATRIARCAL - Praça do Príncipe Real (Príncipe Real)
GALERIA DO LORETO (entrada pelo Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras)
AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES - Calçada da Quintinha, 6 (Campolide)
www.epal.pt
O aqueduto e o reservatório das Amoreiras encerram à segunda-feira. A Estação dos Barbadinhos abre todos os dias. O Reservatório da Patriarcal abre só ao sábado e domingo. Para a Galeria do Loreto é preciso marcação.
Este museu não oferece entrada livre

Museu da Água, Lisboa

O monumental aqueduto de Lisboa é uma das mais extraordinárias obras da engenharia hidráulica do mundo e faz parte do premiado Museu da Água. Foi construído no século XVIII para trazer água potável à cidade, tendo, na altura, os arcos de pedra mais altos do mundo (o maior de todos mede 65 metros). No total são 109 arcos que sobreviveram ao terramoto de 1755 que destruiu praticamente toda a cidade, e é possível caminhar sobre eles durante uma visita. O monumento percorre um total de 58km, com os 14 maiores arcos bem visíveis da estação de Campolide.
A última secção visitável encontra-se no Jardim das Amoreiras, onde se pode ver arcos mais pequenos embelezados com painéis de azulejos, e um reservatório cujo interior acolhe exposições temporárias e eventos culturais.
Outro reservatório por baixo do Jardim do Príncipe Real pode ser visitado aos fins de semana, e a exposição permanente do Museu da Água encontra-se na primeira estação de bombagem a vapor de Lisboa, bem perto da estação de Santa Apolónia.


Museu Militar

Largo do Museu da Artilharia (Alfama)
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu Militar, Lisboa

Apesar de ser o museu mais antigo de Lisboa (e um dos mais belos), este continua a ser um dos menos visitados da cidade. No entanto, qualquer visitante sai surpreendido.
Uma grande coleção de artilharia encontra-se exposta em gradiosas salas, batizadas com nomes de heróis nacionais como Vasco da Gama e Infante Dom Henrique, e com belos tetos pintados no século XVIII. Peças curiosas incluem uma espada do século XIV pertencente a Dom João I, réplicas de armadura de cavaleiros do século XVI e canhões de bronze do mesmo período. Há também uma sala dedicada à Primeira Guerra Mundial.
Uma visita inclui uma passagem pelo pátio, decorado com painéis de azulejos, ilustrando algumas das batalhas históricas do país.


Museu Geológico de Portugal

Rua da Academia das Ciências, 19 (Príncipe Real)
www.lneg.pt/museugeologico
Encerra ao domingo
Entrada livre no primeiro sábado de cada mês

Museu Geológico de Portugal, Lisboa

Fica escondido num segundo andar, numa rua escondida no Príncipe Real, e por isso a sua extraordinária coleção é um dos grandes segredos de Lisboa. Exposta em quatro salas de um antigo convento, tem mais de quatro mil fósseis, rochas e minerais, muitos deles peças únicas e raras, descobertas desde o século XIX em Portugal e no estrangeiro.
Entre os tesouros, há fósseis das cobras mais antigas do mundo com 150 milhões de anos, mamíferos da época Jurássica, a cabeça de um crocodilo gigante com mais de 20 milhões de anos encontrado na zona de Chelas, pernas e pegadas de dinossauros, ferramentas e objetos usados pelo homem primitivo, e minerais colhidos nas minas portuguesas e noutros países.
É um museu bastante procurado por investigadores, mas que recebe poucos visitantes. Vale a pena visitar não só para ficar a conhecer mais de 100 milhões de anos da história do planeta, mas também pelo próprio espaço, pois mantém o modelo expositivo de um museu do século XIX.


Museu do Aljube

Rua de Augusto Rosa, 42 (Alfama)
www.museudoaljube.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã para residentes no concelho de Lisboa

Museu do Aljube, Lisboa

Este museu ocupa um edifício que começou por ser uma prisão eclesiástica, mais tarde convertida em palácio de arcebispos no século XVI. Resistiu ao terramoto de 1755, e voltou a ser uma prisão, para mulheres. A partir de 1928 passou a receber os presos políticos, que eram encarcerados, interrogados e torturados pela polícia política. Manteve essa função até 1965, e entre os milhares de presos estão nomes que viriam a ser políticos e intelectuais influentes, como Miguel Torga, Álvaro Cunhal, e ainda Mário Soares, que acabou por ser Primeiro-Ministro e Presidente da República.
No museu é possível recuar até à origem do edifício através de vestígios arqueológicos, e a exposição permanente (espalhada por três pisos) dedica-se à memória do combate à ditadura e da luta pela liberdade e democracia. Recorda a história de Portugal entre 1890 e 1976, e mostra exemplos do que foi a censura sobre os meios de comunicação social e artísticos.
No piso 3 dá-se ainda a conhecer as lutas de libertação dos povos coloniais e da guerra colonial. Há também espaço para exposições temporárias, um centro de documentação, um auditório, uma loja, e um café no último andar com uma bela vista sobre a Sé e o Tejo.


Museu da Carris

Rua 1º de Maio, 101-103 (Alcântara)
museu.carris.pt
Encerra ao domingo
Este museu não oferece entrada livre

Museu da Carris, Lisboa

Um terminal de elétricos da Carris (empresa de transportes públicos de Lisboa) é também um museu que conta a história dos veículos que percorreram a cidade ao longo das décadas -- os elétricos (bondes), autocarros (ônibus) e carruagens do metro. A coleção encontra-se espalhada por três edifícios, ligados por um belo elétrico antigo. É possível ver veículos originalmente puxados por cavalos, os primeiros elétricos, e ainda os autocarros de dois andares que já desapareceram das ruas de Lisboa. Mostra ainda como o Metro de Lisboa tem evoluído e se expandido ao longo dos anos.
Na loja, pode-se comprar miniaturas dos emblemáticos elétricos amarelos, entre outras peças relacionadas com o transporte local.
Atrás do museu fica um espaço de coworking, o “Village Underground”, criado em 2014 e que é também um centro cultural, feito de autocarros antigos e contentores empilhados. Um dos autocarros foi transformado em café-restaurante, servindo refeições ligeiras.


Museu do Fado

Largo do Chafariz de Dentro, 1 (Alfama)
www.museudofado.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã para residentes no concelho de Lisboa

Museu do Fado, Lisboa

Mesmo os que não são grandes apreciadores de fado vão querer visitar este museu. É muito mais que um tributo à música nacional (que foi declarada Património Mundial em 2011), pois mostra também o ambiente cultural e político do país (sobretudo de Lisboa) durante o século XX. Um guia áudio explica as peças em exposição (instrumentos musicais, fonogramas, trajes, troféus, entre outras) em português, inglês, francês e castelhano, e, através de multimédia, pode-se consultar gravações de centenas de intérpretes, biografias e imagens históricas. O museu foi criado em 1998, instalando-se num antigo reservatório de 1868, que captava as águas de Alfama, e que foi completamente reabilitado.
A loja do museu vende CDs de fado, do passado e do presente.
Se gostar deste museu, também vai querer visitar a Casa-Museu Amália Rodrigues.


Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva

Praça das Amoreiras, 58 (Amoreiras)
fasvs.pt
Encerra à segunda-feira e terça-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu Vieira da Silva, Lisboa

Maria Helena Vieira da Silva foi uma das maiores artistas portuguesas do século XX. Nascida em Lisboa em 1908, expôs pela primeira vez as suas pinturas em Paris, em 1930, quando casou com Arpad Szenes, um artista húngaro. Acabou por mudar-se para a capital francesa, onde foi a primeira mulher a receber o "Grand Prix National des Arts" do estado francês.
Muitas das suas obras são abstratas, e vários exemplos podem ser vistos neste museu, expostos ao lado de obras de Arpad Szenes. Essas obras foram deixadas ao estado português após a morte da artista, estando agora em exposição permanente, juntamente com o trabalho de outros artistas relacionados com o casal, em exposições temporárias.
Este espaço (uma antiga fábrica de seda do século XVIII) foi escolhido para a fundação e museu com o nome de Arpad Szenes e Vieira da Silva, pela sua proximidade ao atelier da artista.


Casa-Museu Anastácio Gonçalves

Avenida 5 de Outubro, 6-8 (Avenidas Novas)
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Casa Museu Anastácio Gonçalves, Lisboa

Este museu encontra-se num edifício construído em 1904, em estilo Arte Nova, que foi distinguido com um Prémio Valmor. O interior apresenta a coleção de arte do Dr. Anastácio Gonçalves, um reconhecido oftamologista e colecionador, que aqui viveu desde 1932 até à sua morte, em 1965.
O museu abriu em 1980, com uma notável coleção com cerca de 3000 peças, onde se destaca porcelana chinesa das dinastias Ming e Qing, mobiliário Europeu do século XIX e pintura de artistas portugueses como Columbano Bordalo Pinheiro, José Malhoa e Silva Porto.
Após uma remodelação em 2019, o museu ganhou uma nova entrada, agora nas traseiras do edifício, e mais espaço no interior para exposições temporárias.


Museu da Marioneta

Rua da Esperança, 146 (Madragoa)
www.museudamarioneta.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã para residentes no concelho de Lisboa

Museu da Marioneta, Lisboa

Instalado num convento do século XVIII desde 2001, este museu transporta os visitantes até ao reino da fantasia através de uma coleção de marionetas de vários cantos do mundo -- ela vai das marionetas de luva da China até às das óperas sicilianas. Algumas são bem antigas (como as marionetas de fios em madeira, trazidas de Mandalai), mas muitas não fazem apenas parte de um museu -- muitas são usadas em espetáculos, pois o espaço também é usado para eventos culturais, sobretudo para crianças.


Museu Bordalo Pinheiro

Campo Grande, 382 (Avenidas Novas)
museubordalopinheiro.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã para residentes no concelho de Lisboa

Museu Bordalo Pinheiro, Lisboa

Rafael Bordalo Pinheiro foi um dos artistas mais multifacetados de Portugal. Nascido em Lisboa em 1846, foi uma das principais figuras dos finais do século XIX, trabalhando como pintor, ceramista, jornalista e sobretudo como caricaturista. As suas obras estão repletas de humor e sagacidade, comentando o clima social e político de Portugal na época (enquanto o país passava da Monarquia para a República), que em muitos aspetos ainda se aplica ao presente. A sua criação mais emblemática é o "Zé Povinho", uma personagem que simboliza o povo português e uma imagem que tem sido reproduzida em várias versões impressas e em cerâmica.
Este museu dá a conhecer a vida e a obra de Pinheiro num edifício de 1913, originalmente propriedade de um amigo do artista, o poeta Cruz Magalhães. O seu espólio inclui gravuras, pinturas e cerâmica, incluindo peças emblemáticas relacionadas com a natureza e o mundo animal. Há também uma biblioteca com publicações originais do artista, especializada em caricatura e cerâmica, além de uma sala de vídeo que projeta um filme sobre a época e o artista.
Do outro lado do jardim em frente ao edifício encontra-se o Palácio Pimenta, um núcleo do Museu de Lisboa, cujos jardins apresentam ainda mais peças de Bordalo Pinheiro.


Museu de São Roque

Largo Trindade Coelho (Bairro Alto)
mais.scml.pt/museu-saoroque
Abre todos os dias
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu de São Roque, Lisboa

Construída em 1553, a Igreja de São Roque é um dos mais magníficos monumentos de Lisboa, pelo seu valor histórico e riqueza artística. Uma fachada sóbria esconde um interior riquíssimo, incluindo a exuberante Capela de São João Baptista, considerada "a capela mais valiosa do mundo". Mandada construir em Roma entre 1742 e 1747, usando os materiais mais preciosos, foi transportada para Lisboa em três barcos. É hoje a quarta capela à esquerda do altar, e é uma verdadeira obra prima da arte europeia, misturando marfim, ágata, lápis-lazuli e ouro.
As outras capelas também são ricas em talha dourada, mármores polícromos, azulejaria, pintura e escultura. Na capela de São Roque encontra-se uma das obras primas da azulejaria em Lisboa, o "Milagre de São Roque".
Ao lado da igreja fica o Museu de São Roque, criado em 1905 num antigo edifício da Companhia de Jesus. Apresenta uma rica coleção de arte sacra, incluindo escultura e pintura, ourivesaria, tapeçaria flamenga e relicários únicos no mundo.
No pequeno claustro de inspiração oriental encontra-se uma cafetaria para refeições ligeiras.
Vale a pena juntar-se a uma das visitas guiadas (sem custo adicional ao do bilhete de entrada), disponíveis em várias línguas (não necessita de marcação prévia, a não ser para grupos de 8 ou mais pessoas):
Em português - Quintas-feiras às 10:00, Sábados às 16:30, Domingos às 10:00 e 11:30
Inglês - Quintas-feiras às 15:00, Sextas-feiras às 11:30 e 16:30, Sábados às 10:00, Domingos às 15:00
Espanhol - Quintas-feiras às 11:30, Sábados às 11:30 e 15:00
Francês - Quintas-feiras às 16:30, Sextas-feiras às 10:00 e 15:00, Domingos às 16:30


Museu de Arte Popular

Avenida Brasília (Belém)
museuartepopular.wordpress.com
Encerra à segunda-feira e terça-feira
Entrada livre aos domingos de manhã

Museu de Arte Popular, Lisboa

Inaugurado em 1948, num antigo pavilhão da Exposição do Mundo Português de 1940, este museu foi pensado para a apresentação da arte popular das várias regiões de Portugal. Reuniu uma coleção com 15 mil peças de cerâmica, joalharia e instrumentos musicais, revelando as tradições nacionais, e ainda optou por vender artesanato regional na loja. No entanto, acabou por encerrar em 2006, mas uma petição com milhares de assinaturas convenceu o Ministério da Cultura a reabri-lo em 2010 com exposições temporárias.
Após algumas obras e alterações no espaço expositivo, o museu passou a abrir definitivamente em dezembro de 2016, também para exposições temporárias, mas com o complemento de uma seleção de peças da coleção do museu.
No interior pode-se ver ainda uma série de pinturas murais criadas nos anos 40 pelos artistas Eduardo Anahory, Carlos Botelho, Estrela Faria, Paulo Ferreira e Manuel Lapa, ilustrando camponeses a usar trajes típicos das várias regiões do país, na pesca e na agricultura.


Museu Júlio Pomar

Rua do Vale, 7 (São Bento)
www.ateliermuseujuliopomar.pt
Encerra à segunda-feira
Entrada livre aos domingos de manhã para residentes em Lisboa

Museu Júlio Pomar, Lisboa

Este espaço divulga e preserva a obra de Júlio Pomar, um dos grandes nomes da arte portuguesa do último século. São centenas de obras, desde pintura à escultura e desenho, expostas num antigo armazém com dois pisos, redesenhado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira.


Museu Nacional do Desporto

Praça dos Restauradores (Avenida da Liberdade)
ipdj.gov.pt/museu-nacional-do-desporto
Encerra ao domingo e segunda-feira
Este museu tem entrada livre

Museu do Desporto, Lisboa

O Museu Nacional do Desporto abriu em 2012 no belo Palácio Foz. Apresenta a história do desporto em Portugal e inclui uma biblioteca dedicada a várias modalidades, com cerca de 60 mil livros em vários idiomas, incluindo um curioso exemplar do século XVI, o "De Arte Gymnastica" de Hieronymi Mercurialis, considerado o primeiro livro de desporto editado em todo o mundo.
A coleção é mostrada em exposições temporárias, e entre as várias peças poderão estar as camisolas da atleta Rosa Mota, a bota com que Nelson Évora conquistou o ouro no Jogos Olímpicos de 2008, uma Bota de Ouro atribuída a Eusébio, e chuteiras de Cristiano Ronaldo.


Cinemateca - Museu do Cinema

Rua Barata Salgueiro, 39 (Avenida da Liberdade)
www.cinemateca.pt
Encerra do domingo
A exposição permanente tem entrada livre

Cinemateca, Lisboa

Desde apresentações de filmes de culto aos maiores blockbusters clássicos internacionais, às produções nacionais, o museu do cinema de Lisboa tem uma agenda preenchida todas as semanas.
Os filmes são exibidos na sua língua original (nem sempre com legendas), e por vezes passam retrospetivas dos mais aclamados realizadores.
Durante uma visita, tome nota do equipamento cinematográfico do século XIX em exposição, assim como do átrio de inspiração árabe.
O espaço dispõe também de um arquivo para consulta de fotografias e livros na biblioteca, além de um café para uma refeição ligeira antes ou depois de um filme. Se o tempo permitir, é possivel ficar na agradável esplanada.
Não deixe também de passar na livraria, onde se encontra uma vasta seleção de livros, revistas e DVD ligados ao cinema e outras artes.


Casa Amália Rodrigues

Rua de São Bento, 193 (São Bento)
amaliarodrigues.pt
Encerra à segunda-feira
Este museu não oferece entrada livre

Casa Amália Rodrigues, Lisboa

Amália Rodrigues é um dos maiores ícones culturais de Portugal, e a casa onde viveu durante grande parte da sua vida foi transformada em museu após a sua morte em 1999. Os fãs da diva do fado que ganhou fama mundial têm assim a oportunidade de ver cerca de 30.000 dos seus objetos pessoais, incluindo vestidos, retratos, prémios e gravações, numa visita guiada que dura cerca de 30 minutos.


Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva

Largo José Mariano Gago, 1 (Parque das Nações)
www.pavconhecimento.pt
Encerra à segunda-feira de setembro a maio.
Este museu não tem dia com entrada livre

Pavilhão do Conhecimento, Lisboa

Localizado a poucos metros do Oceanário, o Pavilhão do Conhecimento foi construído para a Expo 98 e transformado em museu interativo dedicado à ciência e ao conhecimento. Apresenta exposições permanentes e temporárias, que educam através de tecnologia de ponta e incluem simulações divertidas, fazendo dele uma atração para visitantes de todas idades. Um dos muitos visitantes foi Gene Cernan, o último homem a pisar a lua.


Lisboa Story Center

Praça do Comércio (Baixa)
www.lisboastorycentre.pt
Abre todos os dias
Este museu não tem dia com entrada livre

Lisboa Story Center

Grande parte da ala nascente da Praça do Comércio foi reservada para este espaço que conta a(s) história(s) de Lisboa através de maquetas e de expositores multimédia. Organizada cronologicamente, a exposição apresenta os principais eventos e personalidades que moldaram a cidade ao longo do tempo, destacando cinco dos episódios mais dramáticos, divididos em seis espaços. O primeiro conta os mitos e os factos dos primeiros habitantes da capital portuguesa, outro destaca a "cidade global" resultante dos Descobrimentos; um terceiro é dedicado ao terramoto de 1755, seguido da "Lisboa Pombalina" ou a cidade vanguardista reimaginada pelo Marquês de Pombal. A reconstrução pombalina levou à Praça do Comércio, onde se encontra o museu, por isso ainda outro espaço fala da história e da vida na praça ao longo dos anos. Por último, mostra outros aspectos gerais da cidade, e há ainda uma loja para adquirir lembranças de Lisboa.
Há também exposições temporárias, e tudo é acompanhado por áudio-guias disponíveis em vários idiomas.